New frame concept
Esqueça tudo que você conhece sobre molduras. Esqueça também as regras “do quê” emoldurar. Se Marcel Duchamp revolucionou “o quê” era Arte na década de 60; se, a partir dele, a pintura ultrapassou a tela, e teve seu “deslimite” propagado por Ferreira Gullar, por que a moldura ficaria restrita a enquadramentos tradicionais?
Esta litogravura tríptica do sueco Al Sharp foi emoldurada apenas com passepatout macho-e-fêmea. Apóia-se em painel na extensão da parede (podendo ser reposicionado em qualquer distância), enquanto prateleiras sob ele deslizam com as peças tridimensionais. Varais de dicróicas acompanham o deslocamento das Artes. (Ambientação: Sala Mutante )
A arte contemporânea questionou até mesmo sua utilização como suporte para a pintura. Ao invés de pintar o branco, a textura da tela aparecendo no intervalo das outras cores substituiu o próprio branco. Seguiram-se a Pop Art e o Minimalismo. Surgiram as intervenções, as instalações, enfim, a Arte híbrida, sempre aberta a novas indagações. E as molduras foram desaparecendo...
Mas e a antiga técnica de impressão sobre papel? Serigrafias, gravuras em metal, litogravuras e xilogravuras (para melhor entender estas técnicas leiam as notas no final da entrevista com Rizza Conde), continuam em evidência, principalmente pelos preços acessíveis destas obras múltiplas. Mas sem dúvida, o destaque hoje é a fotografia, tradicional ou digital, e suas inúmeras possibilidades computacionais. Estas sim, ainda necessitam algum tipo de suporte. Portanto, observem as novas idéias da GLATT:
Sofisticada, a moldura em forma de caixa auto-iluminada (com máximo de 3.00 m de comprimento, pois não pode ter emendas) proporciona um forte impacto.
A espessura desta shadow box (6 cm) permite posicionar as gravuras de Monica Nascimento em diversas profundidades - as fotos principais ao fundo, enquanto seus detalhes flutuam à frente, realçados por focos invisíveis. (Ambientação: Espaço do Corpo)
Atenção para a iluminação: lâmpadas T5 dentro da moldura e focos AR 70 no teto, a 60 cm da parede sob placas de MDF pintadas e inclinadas. Com esta nova concepção podemos ter um “ambiente-galeria” dentro das nossas próprias casas e colocar juntas, obras de um mesmo artista que tanto admiramos. Chique e original, principalmente para os marchands, galeristas ou simples colecionadores.
Artistas novos, mas de grande qualidade técnica, também são boas escolhas, como as fotos em B&P de Rodrigo Lopes e Larissa Grandi, com suas diferentes visões do corpo. Práticas, versáteis e baratas são as molduras nas quais estas fotos se apóiam.
Simples baguetes pintadas e cortadas em qualquer comprimento, podem ser coladas à parede no sentido vertical, ou horizontalmente, formando um desenho arbitrário, mas harmonioso.
Para guardá-las (e poder variar a composição), nada melhor do que a gaveta com divisões internas de um armário-estante com 45 cm de profundidade. Basta separá-la da prateleira acima, deixando livre um intervalo superior à maior altura das fotos.
As fotos já devem ser arquivadas coladas sobre um frameboard e protegidas por acetato.
Qualquer objeto pessoal pode ser emoldurado causando um belo efeito cênico - a Arte ao alcance de todos. “Molduras-armários” são para esta finalidade, podendo haver alternância nas peças expostas, como estes pentes, oriundos do artesanato de Mato Grosso do Sul.
Parece uma moldura comum? Pois não é! O acrílico que recobre as peças pode ser puxado por duas alças na parte superior da moldura possibilitando trocá-las (ou, por que não, usá-las) facilmente.
Voilà!
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