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Bicolor Chanel
Por Beatriz Novaes



O grande tesouro das marcas nobres são hoje os acessórios.
Este segmento vem crescendo mais e mais, dando um excelente retorno às grifes famosas. Ícones de Chanel, Dior, Hermès e outros nomes vêm sendo reeditados.



Chanel em foto de 1929. Driblando a falta de matérias-primas ainda existente no entre-guerras, vestia-se com peças que seriam ícones e a transformariam em mito: o tailleur, a malha de jérsei, a jóia-fantasia e o sapato com ponteira, criando o estilo “chique pobre”.


Filha de camponeses, Coco Chanel (1883-1971) compreendeu que somente o trabalho a livraria desta condição econômica. Abre sua primeira loja em 1921 na Rue Cambon e lança o que seria o “mais-que-famoso” perfume Chanel nº5, num simples frasco e com fórmula mágica, onde, com ousadia, incorpora produtos sintéticos. Esta carreira de sucesso encerra-se, entretanto, em 1939, com a invasão alemã.


Chanel costumava dizer que “com quatro pares de sapatos poderia dar a volta ao mundo”. Após 15 anos de silêncio reabre em 1954 sua maison, com mais de 70 anos, voltando rapidamente ao topo. Neste período, uma das suas criações mais badaladas são os modelos bicolores desenhados em 1957 e que continuam em plena forma, seduzindo celebridades de qualquer geração.



No centro, Gina Lollobrigida com um dos modelos da Coleção de Alta Costura de 1964.



Romy Schneider no Aeroporto de Orly em 1962.



“Mademoiselle” (como era chamada Gabrielle Chanel) investe nos sapatos mais baixos. O bicolor de ponteira preta faz uma analogia aos sapatos esportivos de golfe e tênis dos anos 20 e 30. Ele é prático, mas ao mesmo tempo estético e urbano. A parte bege se confundia com a coloração da pele, alongando a perna da mulher. A estilista desenhou vários modelos do mesmo sapato para acompanhar o vestuário: escarpin, sapatilha, anabela, variando as coleções de acordo com o uso.


Karl Lagerfeld, diretor de criação nas últimas duas décadas da marca, releu estes elementos do passado, adaptando-os para o futuro. Conhecedor da magia dos sapatos bicolores, relançou-os em todas as suas coleções, até mesmo nas botas militares e sandálias com plataforma.





Chanel se encarregou de vestir o pé da mulher com qualidade e comodidade, princípios básicos da moda masculina, que ela tão bem soube adaptar à feminina. Seus bicolores eram uma arma poderosa que ela calçava nos pés da mulher independente, transformada pelas guerras.


Beatriz Novaes é arquiteta e nossa consultora de moda – leiam seus ARTIGOS Beatlemodamania, Tendências verão 2007 e Tendências internacionais inverno 2007. Escreveu ainda sobre o show LOVE de Las Vegas e as exposições Ashes and Snow e Magritte que visitou em L.A, além do novo restaurante de Joel Robuchon em N.Y. Não percam também os textos de viagens: Lençóis maranhenses e Praga.
Juntas, idealizamos os quatro diálogos moda-design da Sala Mutante – Morar Mais 2004, e o Closet Masculino da Casa Cor.
 
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