Giovanni Battista Piranesi (1720 – 1778) foi um artista italiano, famoso pelas suas imaginativas e atmosféricas gravuras de prisões em água-forte (Nota).
As “Prisões” (Carceri d’invenzione ou Les Prisons Imaginaires) consistem numa série de 16 gravuras onde figuram enormes subterrâneos e escadarias monumentais - estruturas labirínticas de dimensões épicas mas aparentemente vazias de propósito ou função.
São visões originais e pessoais que se encontravam, em termos de expressão artística, muito à frente do seu tempo. Constituíram uma importante influência no aparecimento posterior dos movimentos Romântico e Surrealista.
Apesar do brasileiro VIK Muniz ter se tornado mais conhecido pelas suas obras em sucata e materiais inusitados (gerando até o filme “Lixo extraordinário”, concorrente ao Oscar de melhor documentário), ele apresenta outras ‘um tico’ mais tradicionais, como a série “Carceri” com linhas e alfinetes, inspiradas em Piranesi.
Vik Muniz – série “Prisões imaginárias”
Já o holandês Maurits Cornelis ESCHER, com magnífica expô no CCBB (não percam o filme explicativo em 3D sobre suas obras mais enigmáticas), que trabalhou com planos imaginários de infinitude, viveu em Roma por mais de uma década. Será que também não teve alguma influência do seu antecessor? Confiram abaixo:
M.C. Escher: Relativity – litografia, 1953
Piranesi
Nota: “Água-forte” é uma das inúmeras técnicas milenares de gravura metálica (utilizada por ex. por Rembrand, Dürer e Goya). Conheçam as obras de gravuristas brasileiras que também trabalham com metal como Rizza Conde e Thereza Miranda.
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