Desde 2011 quando “O discurso do Rei” saiu vencedor como MELHOR FILME, as escolhas da Academia para as estatuetas mais cobiçadas do mundo não coincidiam com meus favoritos: em 2012 o P&B e mudo “O Artista” bateu no coloridíssimo e esperto “Hugo”; em 2013 o genial “Django livre” perdeu para o interessante “Argo”; em 2014 foi pior: o correto “12 anos de escravidão” passou a frente do maravilhoso “ELA”. Esse ano, porém, acertei quase tudo na mosca (azul!).
Das candidatas os prêmios 2015 estavam muito elegantes a sempre charmosa Julianne Moore, a graciosa Felicity Jones e a estonteante Emma Stone Todos os anos faço minha maratona para ver o que consigo assistir até o dia da abertura dos envelopes. Acompanhem essa minha trajetória em parágrafos que redigi antes do resultado, publicando no Facebook, à medida que visualizava os filmes-candidatos:
“Relatos selvagens”, com o magnífico Ricardo Darin, é forte candidato à melhor filme estrangeiro, assim como “IDA”. (Uau, que bela fotografia em B&P! )
"O grande Hotel Budapeste" de Wes Anderson é o filme com o maior número de indicações para o Oscar. Sei não, apesar do Ralph Fiennes como protagonista, gostei bem mais de "Moonrise Kingdom", filme anterior do diretor, com o Edward Norton, ótimo candidato à ator coadjuvante em “Birdman”. Mas para figurinos e maquiagem é imbatível! Veja o exemplo de Tilda Swinton. Irreconhecível:
E por falar em BIRDMAN, ele é sensacional - original, excêntrico, instigante, bizarro, ótimas atuações! Meu favorito, sem sombra de dúvida, às estatuetas de MELHOR FILME e DIREÇÃO.Ah, sua coloridíssima fotografia é fantástica. É claro que tem um ótimo roteiro original, mas “Abutre” também me arrebatou.
Torço para que o britânico EDDIE REDMAYNE ganhe o Oscar de melhor ator pela sua impecável performance como Stephen Hawking em "A teoria de tudo". O rapaz já marcava presença tanto em minisséries como "Os pilares da Terra" ou filmes como "Os miseráveis".
Neste mesmo filme, a graciosa britânica Felicity Jones já havia me encantado em 2008, no filme "Flasbacks of a fool" ("Reflexos da inocência") com uma cena memorável totalmente anos 70. Vestida 'à caráter', numa mistura de David Bowie e Bryan Ferry, ela dubla e dança "If There Is Something" do pop e bizarro conjunto Roxy.
Mas não acredito que leve o Oscar já que concorre com a MA-RA-VI-LHO-SA JULIANNE MOORE (que só empata com Juliette Binoche na minha preferência como melhor atriz mundial) e, injustamente, nunca ganhou esse prêmio máximo.
Bonequinho dormindo para "O jogo da imitação"? Discordo totalmente! Não é um filme extraordinário, mas só o fato de colocar luz sobre a vida deste genial matemático inglês (bem interpretado por Benedict Cumberbatch) já vale conferir.E ainda possui um muito bom roteiro adaptado.
ALAN TURING salvou milhões de vidas abreviando em dois anos o final da Segunda Guerra ao decifrar os códigos da máquina alemã Enigma, inventando outra máquina ainda mais poderosa, início do que viria a ser o computador. Mas foi condenado pela sua homossexualidade (considerada crime na Inglaterra até 1967!) e 'absolvido' deste crime apenas em 2013, 50 anos após sua morte.
Adoro a Keira Knightley, mas não a achei tão bem neste filme, ainda mais comparada às outras atrizes coadjuvantes candidatas ao Oscar como PATRICIA ARQUETTE (interessante uma película filmada com os mesmos atores durante 12 anos como “Boyhood”) ou a Emma Stone em “Birdman”.
Em compensação, ela está melhor no pequeno filme “Mesmo que nada der certo” com o sempre ótimo Mark Ruffalo. A canção “Lost Stars” também concorre e é linda!
Mas minha grande decepção foi “O sniper americano”, primeiro filme do Clint Eastwood que não curti. Errou completamente o timing. Não daria nenhuma estatueta!
|