Quem sonha visitar nossa querida Big Apple deve deixar de lado os transtornos burocráticos para entrar no país e não desanimar, pois vale o esforço! Quem nunca visitou, não sabe o que está perdendo, e aqueles que a andavam evitando desde o 11 de Setembro (como é o caso da Ignez), já está na hora de voltar.
Para conhecê-la, nada melhor do que caminhar pelas ruas, observando pessoas oriundas de diversos lugares (New York é realmente uma cidade cosmopolita), lojas das mais variadas grifes e prédios de diferentes estilos (dos novíssimos arranha-céus na Midtown, até Townhouses no Village). Que tal iniciar nosso passeio pela famosa 5a Avenida?
Empire State building, edifício mais alto do mundo entre 1931 e 1972, quando foi superado pelo World Trade Center. Curiosidade: inaugurado durante a grande depressão, teve pouquíssimos escritórios alugados no princípio; por conta disto ganhou o apelido de Empty State Building, e só a partir de 1950 começou a dar lucros.
Se tivermos um pouquinho de paciência para enfrentar a “filinha”, podemos subir até o topo para ter um momento “Sintonia de amor” (para os que gostam de finais felizes) ou “Tarde demais para esquecer” (para os mais dramáticos).
Apesar da maior visibilidade durante o dia, recomendo deixar este programa para a noite, pois nada se compara a imagem da cidade iluminada.
Continuando pela 5a Avenida em direção ao Central Park... Se for dezembro, acrescente a admiração pela bela decoração natalina.
Na verdade, os enfeites para as festas de fim de ano de Nova York são uma atração à parte.
Loja da Cartier embrulhada para o Natal. Dica para quem quer só olhar: algumas lojas funcionam mais como galerias de arte do que qualquer outra coisa. A Stuben, por exemplo, é super interessante - além da coleção de esculturas em vidro tem até filme mostrando como são produzidas as preciosidades.
Mas quem não precisa se enfeitar para o Natal é a loja da APPLE (aquela do título!). Apenas um cubo de vidro com a famosa “maçãzinha” marcando a entrada para loja subterrânea. Agrada designers e consumidores - minimalista e atraente.
Localizada em frente ao Central Park, a APPLE é parada obrigatória. Mesmo quem não pensa em comprar um lindo iPod colorido ou um iMac, as opções são tentadoras!
Agora, se você deseja uma loja para encontrar de tudo, não deixe de ir à BH. Uma super loja de eletrônicos e artigos de informática, ela própria um show de tecnologia.
Quando pedi uma máquina ao vendedor na BH, qual não foi minha surpresa ao vê-la passando por uma esteira sobre minha cabeça!
E depois das comprinhas, por que não dar uma volta no Central Park?
Não se esqueça de dar um stop no pequeno, mas simpático zoológico do parque e assistir o show das focas, antes de continuar.
Se você estiver visitando o parque no verão, além de desfrutar do belo cenário, ainda poderá assistir um dos ótimos concertos da New York Philharmonic ou da Metropolitan Opera no Great Lawn. Outra excelente opção são as peças do evento Shakespeare in the Park no Delacorte, um anfiteatro ao ar livre dentro do próprio parque. Além de atores consagrados de Hollywood como Denzel Washington e Phillip Seymour Hoffman, nossa “Intrépida Trupe” também já passou por lá e causou frisson com sua apresentação de “Sonho de uma noite de verão” na qual os acrobatas apareciam nus em uma das cenas.
Andando pelos sinuosos caminhos do Central Park até o Columbus Circle vamos pegar a Broadway e selecionar um dos novos musicais. Para quem gosta da turma do Monty Phyton aconselho o “Spamalot”, retirado do filme “O cálice sagrado”; meu escolhido mesmo foi o “Fantasma da Ópera” - não teve jeito.
Seguindo pela Broadway até quase o final, avistamos meu verdadeiro alvo: a loja da Prada (sempre ela!) de Rem Koolhaas.
Acho que esta PRADA só perde mesmo para a de Tóquio.
Depois que me deparei com tantos manequins de costas, saí da loja e qual não foi minha surpresa quando comecei a ver toda a cidade pelo avesso!
Falando em lojas, excelente é a ISSEY MIYAKE de Frank O. Gehry (lógico!) em Tribeca e imperdível a Comme des Garçons no Chelsea.
Por hoje chega de caminhar, amanhã apresentarei uma nova visão sobre os museus. Leiam o artigo Museus de NY: o avesso do olhar para as dicas quentes!
Good Night New York City!
Tabitha von Krüger é arquiteta e o meu "braço direito". Escreveu também o artigo Libeskind entre Linhas depois de visitar Berlim. |