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New MuseumS
Por Ignez Ferraz
Em dezembro de 2007 abriu suas portas o New Museum of Contemporary Art em Lower East Side, NY, mais precisamente Nolita (área entre Greenwich Village, Soho e Little Italy), com a expectativa de tornar-se um poderoso link entre Arquitetura e Arte.





Sua pele de grades de alumínio evoca uma pilha de caixas desencontradas numa composição misteriosa, cujo impacto não se via desde a abertura do Whitney Museum of American Art - projeto brutalista de Marcel Breuer de 1966 (nota 1).





A localização do Museu - onde a Prince St. desemboca na Bowery - demonstra a intenção de revitalizar o SoHo como um pólo de arte, função exercida pelo bairro nas décadas de 60 e 70, mais tarde transformado num glorioso shopping mall.


O edifício de 7 andares projetado por Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, fundadores da japonesa SANAA (nota 2), tem como proposta oferecer arte do séc.XXI, já que outros importantes museus da cidade contemplam a arte moderna do século passado.


O material de revestimento foi escolhido em função da vizinhança - lojas de supplies para restaurantes – proporcionando um efeito sólido e industrial. Com suas fachadas transparentes tenta aproximar o público passante, reafirmando sua vocação de Fórum.
À noite, com as ruas vazias, chega a ser etéreo.








O lobby, ecoando proporções de um loft, é dividido numa série de zonas públicas, como um café com diferentes e coloridas cadeiras - onde painéis eletrônicos alternam frases de efeitos - até a livraria, apenas insinuantemente fechada pela mesma grade da fachada.








A informalidade da proposta reflete a idéia de interação entre arquitetura, design e arte contemporânea. Um bom exemplo é o elevador, com um pé-direito altíssimo e pintado de verde-limão. Perspectivas dos pavimentos iluminam o andar acessado.





Além das luminárias fluorescentes em todos os espaços, a simplicidade dos blocos deslocados permite a utilização, nos pavimentos-sanduíches, de shifts de luz natural, que proporcionam diferentes sensações ao ambiente, dependendo da hora e do tempo.





O último andar é dedicado ao ensino e investigação, com computadores e livros à disposição.








Unmonumental é a única exposição de abertura que se desenvolve nos andares do Museu. Fala sobre formas fragmentadas que investigam a natureza da colagem contemporânea -questionando símbolos e ícones-, através de esculturas de assemblage, pinturas anti-heróicas, mixagens sonoras e arte virtual.


O resultado? Medíocre em relação ao MoMA (lo-ta-dé-si-mo, com fila externa), onde a exposição “Discussão da Arte – de 1970 até hoje” faz reflexões sobre os caminhos alternativos – muito deles duvidosos – que a Arte pluralista trilhou através de novos conceitos de comunicação: filmes, performances, instalações e intervenções, como body e land arts. Observa que os diversos meios podem coexistir e os resumem em três grandes grupos – abstração, mutabilidade e provocação. Esta sim é imperdível, como as outras temporárias – desenhos em conté de Seurat, gravuras de Lucian Freud e os impressionantes objetos tridimensionais de Martin Puryear, expostos no imenso saguão.





A extensão do MoMA foi entregue a outro arquiteto japonês - Yoshio Taniguchi (autor da singela e introspectiva Gallery of Horyuji Treasures em Tóquio) - que alcançou fama internacional a partir deste distinto trabalho de integração.


Nota 1: Durante mais de duas décadas o Whitney tenta executar uma necessária expansão. Em 2005 foi aprovado um projeto de Renzo Piano, mais simples e menos oneroso do que seu precedente by Rem Koolhaas (autor da famosa PRADA do Soho). Por necessitar demolir duas construções e parte de uma terceira, movimentos protecionistas impediram a obra (Madison Ave., entre 74th e 75th St.), por localizar-se no que foi batizado de Upper East Side Historic District.


Nota 2: SANAA é conhecido pela precisão das suas formas e leveza nos revestimentos, como no edifício da Dior na Av. Omotesando (veja sua fachada em Tóquio veste Prada), onde o vidro transparente e reflexivo lhe confere uma aparência de luxo leitoso.


Obs. Quem for à Nova York, não deixe de admirar as luminárias do Ingo Maurer - o maior luminotécnico mundial - no Cooper Hewitt (ao lado do Guggenheim). Klimt e outros austríacos ou alemães da Bauhaus vocês encontram na Neue Galerie (1048 5ªAve. x 86th St.).
Já a Morgan Library & Museum (225 Madison entre 36 e 37th St.) é prato cheio para quem curte música clássica, pois é onde se encontram arquivadas as partituras originais de Mozart e Beethoven - além de linda, reformada por Renzo Piano.
 
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