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Museu étnico no Quai Branly
Por Ignez Ferraz
Na volta de Tóquio, mais uma parada em Paris, desta vez para ver o Musée du Quai Branly, inaugurado em 2006, dica também da Marcia Jardim (AQUELA arquiteta “antenada” que homenageei no ARTIGO Pedra, Bambu, Água).
O grande mérito do Museu é expor as artes não-européias (raridade!): Ásia, África, Américas e Oceania.


Estes blocos de diferentes cores e dimensões são pequenas salas expositoras que se interligam ao salão principal. Mas por que as diagonais com desenhos estampados? (Atenção: não são espelhos refletindo as árvores!)


Projetado por Jean Nouvel, a edificação está longe do desenho minimalista pelo qual este arquiteto ficou famoso, como a Fondation Cartier (vejam em Arte de Paris em ebulição) ou o Institute du Monde Arabe, na minha opinião, seu grande lance de genialidade.


Com a preocupação de representar uma imagem étnica destes povos, Nouvel misturou várias linguagens contemporâneas no mesmo projeto e não foi feliz com suas diversas interseções. Não vou me prolongar mais nesta análise, mas apenas apresentar as fotos que tirei no local.




Lâmina vermelha (exposição permanente) com inserção no pavilhão curvo branco de mostras temporárias. Ao lado deste, a loja, com livros e artesanato dos continentes abordados: três linguagens distintas




Ao fundo, prédio-biblioteca: uma quarta concepção


Como sou interessada pela indumentária e ornamentos destes povos, fui direto para essas seções. Dos vestidos palestinos aos costumes chineses, as roupas asiáticas revelam a extraordinária diversidade de técnicas já conhecidas como batiks e délavés (os azuis e ocres da Nova Guiné – Indonésia e Oceania - são o máximo!), além de bordados étnicos exclusivos.





À esq., costume feminino do Vietnam e à dir. chinês provinciano - ambos em algodão, do início do séc. XX
(Conheçam a importância da tradição em Pequim ainda nos dias de hoje)


Mesmo nos povos mais primitivos, sempre existiu um grande culto à beleza, ainda que diferente dos nossos padrões. Submetem-se, inclusive, a sacrifícios dolorosos para obter pés pequenos ou pescoços longos. Neles, o ornamento ganha extrema importância, principalmente em festejos. Este gosto se reflete tanto nas jóias exageradas distribuídas em todas as partes do corpo, como na pintura em henna - e desenhos carregados de simbolismos – recobrindo a própria pele
(ou, mais comumente, as mãos – vocês assistiram o delicioso filme “Casamento à indiana”?).




À esq., colar em prata, usado tanto por mulheres quanto por homens nas regiões montanhosas do sudeste da Ásia, representando a saúde da família. À dir., enfeite de cabelos turco, feito com moedas do período Ottoman (leiam também Curiosidades turcas e Bodas em Istambul)


Obs: Em algum momento das suas carreiras, respeitados estilistas da haute-couture se inspiraram nestas etnias. Vejam alguns exemplos:




Yves St. Laurent, inspiração africana – 1967



Christian Dior, influência navarra – 1998



Nota: Quanto aos restaurantes, nem o Les Ombres e nem o Café Branly me “apeteceram” arquitetonicamente. Apesar da decoração escura, o Les Ombres possui uma vista fantástica do seu grande terraço. O mais interessante: Nouvel desenhou até mesmo a louça e os talheres.
Em matéria de Cafés de Museus, optaria pelo Café de L’ Homme, no Musée de L’Homme (Trocadéro) ou o avant-garde Tokyo Eat situado no Palais de Tokyo, e com comida superior à Arte oferecida – dois locais que almocei com prazer no ano passado.


Em compensação, olha que graça estes cestos africanos que eu comprei!


 
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